EU COMEMORO O NATAL SIM! |
Por rev. Mauro Aiello* Por que será que ainda há, entre nós aqueles que se apegam a coisas tão pequenas? Não sabemos exatamente o dia em que Jesus nasceu, é verdade. Mas porque isso iria me impedir de comemorar o seu nascimento? Desde pequeno vibro com a montagem da árvore de Natal e nunca vi nenhum demônio escondido atrás dela.
Minha
fé nunca foi abalada, pelo contrário ela cresceu forte ao embalo
pedagógico das repetidas vezes em que minha família cristã comemorou o
Natal. Nunca deixei de amar o meu Salvador só porque dizem que a origem
da festa de Natal é pagã. Ela não pode ser uma festa pagã porque nela eu
comemoro o nascimento do meu Salvador.
Tem
gente ainda cometendo o equívoco de coar mosquito e engolir camelos
(Mateus 23.24). Eu não comemoro a Páscoa porque ela é uma festa judaica,
mas eu comemoro a ressurreição do Cordeiro Pascal, aquele de quem disse
João Batista: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João
1.29).
O
que seria de mim se Jesus não tivesse nascido? O que seria do mundo sem
a linda história do Natal de Jesus? Seria possível cantar algo tão
lindo como Aleluia de Handel ou Jesus a Alegria dos Homens de Johann Schop,
se Jesus não tivesse nascido? Ora, confessemos; contamos a história com
os famosos AC e DC. Como a contaríamos se Jesus não tivesse nascido?
Foi por isso que, por boca do profeta Isaías, Deus se pronunciou nos seguintes termos: “Mas
para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus nos
primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de
Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do
Jordão, Galiléia dos gentios”. (Isaías 9.1)
Quando
chega essa época do Natal parece que certo encanto toma conta das ruas,
das lojas, dos shoppings, das vielas, dos lares, das avenidas, dos
prédios, das Igrejas. Não haveria isso tudo se Jesus não tivesse nascido
e por mais que o tempo passe há sempre um remanescente fiel que acende a
chama que parecia se apagar comemorando o seu nascimento.
Noite
Feliz, é a canção que sempre cantamos nessa época do ano. Não haveria
essa canção se Jesus não tivesse nascido. O que cantaríamos? Oh! Que
linda história é a história do nascimento do meu redentor. Oh! Como eu
gosto de cantá-la, de ilustrá-la com encenações e poesias.
Meu
netinho Gabriel entrou na sala de casa. Ela está toda decorada com tudo
aquilo que lembra que é epoca do Natal. Ele olhou, arregalou seus
olhinhos de uma criancinha de apenas três anos, sorriu com um brilho
especial em seu rosto e disse: - Que maravilhoso! Quando chegou a noite e ascendemos as luzes que decoram a varanda e a garagem da casa onde moramos, ele disse à minha esposa: - Vovó, como está lindo!
Isso mesmo, tudo que lembra o Natal de Jesus, é lindo, maravilhoso.
Isso porque Jesus nasceu. Que mundo sem graça, em duplo sentido, seria
esse mundo sem Jesus.
Já
dei muitas voltas no quarteirão da vida. Já vivi cinqüenta e sete
natais. Já cantei muitas músicas de Natal, e a magia é sempre a mesma, o
encanto o mesmo, a alegria e a esperança se renovam, o coração acelera.
Deus nos livre de vivermos em um mundo sem a comemoração do Natal de Jesus.
*Rev. Mauro Sergio Aiello é pastor na Igreja Presbiteriana de Mogi das Cruzes - São Paulo
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