Governantes, ouçam a Palavra de Deus!
O
Brasil vive um dos momentos mais sombrios de sua história. Há uma crise
de integridade que atinge o coração da nação. A corrupção tornou-se
endêmica e sistêmica e se infiltrou na vida política de forma contumaz. O
descrédito do povo com os políticos é quase absoluto. É tempo dos
governantes ouvirem a Palavra de Deus!
Em primeiro lugar, o governante que promove o relativismo moral faz o povo gemer.
“Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém,
domina o perverso, o povo suspira” (Pv 29.2). O perverso é aquele que
não leva Deus em conta em suas ações e escarnece de verdade. O perverso
aplaude o que Deus reprova e repudia o que Deus determina. O perverso
transtorna a sociedade ao conspirar contra os valores absolutos que
devem reger a família, estabelecendo em seu lugar o relativismo ético
que desemboca na decadência da nação. Estamos assistindo uma inversão de
valores em nossa sociedade. Aqueles que deveriam defender os sadios
preceitos da ética são os mesmos que a atacam como escorpiões do
deserto.
Em segundo lugar, o governante que aumenta impostos para tapar os buracos de seus gastos perdulários transtorna a terra.
“O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna” (Pv
29.4). Aqueles que governam são autoridades constituídas por Deus para
promoverem o bem e coibirem o mal. Os governantes são diáconos de Deus
para servirem ao povo em vez de se servirem do povo. Os governantes
devem receber dos governados todo respeito e os governados devem pagar
aos governantes tributos. Porém, quando os governantes deixam de ser
gestores responsáveis, abrindo a torneira da corrupção e gastando
perdulariamente os recursos que deveriam ser investidos na promoção do
bem, exigindo mais impostos para cobrir esse rombo, esses governantes
transtornam a terra, afligem o povo e tornam-se um flagelo para a nação.
Em
terceiro lugar, o governante que está mal assessorado corrompe toda a
estrutura do seu governo. “Se o governador dá atenção a palavras
mentirosas, virão a ser perversos todos os seus servos” (Pv 29.12). Todo
governante é assessorado por pessoas de sua confiança. Se esses
assessores são pessoas de caráter disforme, bajuladores mentirosos, que
ocultam a verdade, torcem os fatos e aviltam a justiça, esse governante
acaba criando uma escola de perversidade e estabelecendo uma cultura de
mentira e corrupção em toda a nação. Os governantes precisam ser exemplo
de integridade para o povo. Se eles, porém, se tornam repreensíveis, a
nação toda é induzida à prática das mesmas perversidades.
Em quarto lugar, o
governante que cuida dos pobres e cuja prática da justiça é o avalista
de suas palavras tem a aprovação de Deus e o apoio do povo. “O
rei que julga os pobres com equidade firmará o seu trono para sempre”
(Pv 29.14). Os governantes populistas dizem que lutam pelo povo, mas
apenas usam o povo, para desviar os recursos que deveriam atender as
necessidades do povo, a fim de se locupletarem e se manterem no poder.
As ações dos governantes precisam ser o avalista de suas palavras.
Quando os governantes agem com justiça, para defender os direitos
daqueles que não têm vez nem voz, ganham com isso, a aprovação de Deus, o
apoio do povo e firmam assim o seu governo. A Escritura diz: “O
príncipe falto de inteligência multiplica as opressões, mas o que
aborrece a avareza viverá muitos anos” (Pv 28.16).
Em quinto lugar, o governante que se rende à corrupção transtorna a sua vida e perde a autoridade para governar.
“O que tem parte com o ladrão aborrece a própria alma; ouve as
maldições e nada denuncia” (Pv 29.24). Um governante íntegro não negocia
princípios e valores. Não se rende à sedução da riqueza ilícita nem à
pressão dos poderosos para auferir vantagens. Os governantes que entram
em esquemas de corrupção, tornam-se prisioneiros do crime e reféns dos
criminosos. Perdem a autoridade para investigar e punir os delinquentes
que fazem falcatruas subterrâneas para assaltar os cofres públicos.
Aqueles que governam precisam fazê-lo com probidade e lisura, a fim de
que a nação erga o estandarte da ordem e do progresso.
Hernandes Dias Lopes
Fonte:http://hernandesdiaslopes.com.br
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